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sábado, 28 de dezembro de 2013

Amigo secreto entre blogs de contabilidade

Bom dia a todos! Primeiramente gostaria de me desculpar a todos pelo atraso na postagem referente ao recebimento do presente.

No dia da defesa do meu TCC, parecia até um encontro entre alguns blogs de Contabilidade. Na banca o professor Orleans Martins, do blog Informação Contábil, professor Vinícius Martins, do Contabilidade e Métodos Quantitativos e o meu orientador, o professor Felipe Pontes, também do blog C&MQ, e assistindo a minha apresentação o meu parceiro de blog, Thiago Pena.

Após a defesa do meu TCC (que felizmente foi aprovado) tive a grata surpresa de receber do Professor Orleans o presente do meu amigo secreto, o livro "Assassin's Creed - Renegado", gostei muito do presente, mais um para a minha coleção.



Obrigado Isabel pelo convite para participar deste amigo secreto.

Feliz Natal atrasado e um Próspero Ano Novo para todos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Amigo Secreto de Contabilidade




Hoje tive a grata surpresa de receber meu presente, um CD duplo do Pearl Jam e um do Soundgarden para agregar a coleção, quero agradecer ao Caro Vladmir Ferreira Almeida, gostei muito, já curti o som.

Curioso para saber o que os outros participantes ganharão, rsrs :)

Abraços a todos.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Brasileiros poderão abrir empresa em até 5 dias

Ansioso por esse dia, já que hoje o tempo de tramitação ultrapassa os 100 dias... 

Brasília - O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira a criação de um portal na internet que permitirá reduzir a cinco dias o prazo de abertura ou fechamento de um negócio, trâmite que atualmente é de mais de 100 dias.
O portal "Empresa Simples", que entrará em funcionamento no próximo ano, "terá como objetivo reduzir o tempo de abertura e fechamento de empresas a um prazo máximo de cinco dias", anunciou a presidência em seu blog oficial.
"Sabemos que esse processo pode ser reduzido a cinco dias", afirmou a presidente Dilma Rousseff em um evento com comerciantes e empresários em Campinas, em São Paulo.
No Brasil, o tempo mínimo de abertura de umaempresa é de praticamente dois meses, e facilmente supera os cem dias, segundo dados do governo.
A presidente se referiu a um "manicômio burocrático" em seu discurso.
O portal será dirigido a 8,5 milhões de micro e pequenos empresários, que reduzirão a um o documento necessário para abrir um negócio, afirmou o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos.
Ao se referir a todos os entraves burocráticos que existem no país, o ministro admitiu que, assim como é difícil abrir, "hoje não se consegue fechar nenhuma empresa" no Brasil.
Nesses cinco dias, o empresário deverá receber autorização da prefeitura, registro da junta comercial e autorização de funcionamento, informou a presidência em uma nota.


Fonte: Exame

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Amigo secreto entre blogs de contabilidade


Como meu parceiro de blog falou anteriormente, lá vão minhas dicas para o presente do amigo secreto.
Bem, gosto de livros, literatura nacional ou estrangeira, estilo R.R Martin, gosto de series, filmes, gêneros musicais que mais aprecio são rock e grunge.

Acho que é isso. :)

Abraço a todos.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Governo acaba com RTT e adoto novo sistema de tributação sobre o lucro

Depois de seis anos de uso, o Regime Tributário de Transição (RTT), que garantiu a neutralidade tributária durante o período de adaptação das empresas brasileiras ao padrão contábil internacional, vai deixar de existir. 
No seu lugar, entra um novo arcabouço que detalha como as companhias locais vão chegar na base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), tendo como ponto de partida o lucro societário apurado conforme o IFRS.
A mudança, que afeta milhares de empresas no país, veio pela publicação, no “Diário Oficial da União” de hoje, da Medida Provisória 627, que além de acabar com o RTT, também altera a legislação sobre tributação do lucro de controladas e coligadas no exterior.
“É um novo marco da legislação tributária. Ela fala de receita, equivalência patrimonial, incorpora ção, valor justo, ágio etc. É um divisor de águas”, afirma Roberto Haddad, sócio da área tributária da KPMG, que compara a MP ao decreto-lei 1.598, de 1977, e à lei 9.249, de 1995.
Conforme a MP, o fim do RTT valerá obrigatoriamente a partir de 2015, mas as empresas que quiserem poderão optar por usar o novo critério de apuração do imposto a partir de janeiro de 2014. Quem não optar fica mais um ano sob a regra atual.
Ao contrário do que previa a polêmica Instrução Normativa 1.397, de setembro, a Medida Provisória deixa claro que não haverá cobrança retroativa sobre distribuição de dividendos feita entre 2008 e 2013, caso o pagamento tenha sido em excesso ao valor do lucro fiscal desse período, que seria aquele registrado conforme as regras contábeis vigentes no fim de 2007 - antes da transição para o IFRS. Mas a isenção só é garantida para as empresas que optarem por abandonar o RTT já em 2014.
Pelo RTT, as empresas apuravam o lucro societário pelas normas contábeis internacionais e faziam ajustes ignorando todos os pronunciamentos contábeis emitidos desde 2008 (voltando para o lucro que teriam pela contabilidade a té 2007), para aí sim fazer as adições e exclusões tradicionais de receitas e despesas no livro de apuração do lucro real (que serve de base para pagamento de tributos).
Agora, o governo listou quais novos pronunciamentos serão “incorporados” ou não pela legislação fiscal. Casos como variação de valor justo, redução do ativo ao valor recuperável (impairment), subvenções governamentais (que pelo IFRS entram como receita) e pagamento baseado em ações, por exemplo, não serão considerados para pagamento de IR e CSLL.
Já o cálculo do ágio pela regra do IFRS, que considera como goodwill apenas o valor residual após a alocação da mais ou menos valia dos ativos adquiridos, será usado também para fins fiscais - ainda que a amortização e o benefício da dedutibilidade tenham sido mantidos para questões tributárias e não ocorram mais no balanço societário. O ajuste a valor presente de receitas e despesas, também será considerado, mas apenas quando da realização do evento ao qual está ligado.
Neste momento, tributaristas do país todo estão decifrando os mais de 70 artigos da MP que tratam do fim do RTT e certamente dúvidas e questionamentos devem surgir.

Mas aparentemente, depois do susto com a IN 1.397, a  maior parte do que foi combinado há algumas semanas durante encontro com representantes de empresas e contadores, no Ministério da Fazenda, foi cumprido.
Fonte: Valor.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Exame de Suficiência 2013.2 - Publicação no Diário Oficial da União


Foi divulgado hoje (11/11/2013) no Diário Oficial da União o Resultado Final do Exame de Suficiência nº 2/2013.

Para acessar o Diário Oficial, clique aqui.

Parabéns a todos os aprovados!

sábado, 9 de novembro de 2013

Trabalho de Conclusão de Curso - Pontos Fracos

Esta é a segunda postagem sobre os TCCs apresentados no último semestre do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal da Paraíba (Campus I).

Agrupamos a opinião de alguns professores e a postagem de hoje refere-se aos PONTOS FRACOS do TCCs apresentados.



Na opinião de alguns professores apesar da qualidade dos TCCs ter melhorado bastante em relação aos períodos anteriores, alguns fatores são pontos chaves para que a qualidade dos Trabalhos de Conclusão de Curso ainda esteja abaixo do esperado, vamos enumerar estes pontos:
  1. Deixar o TCC para a última hora! Muitos alunos deixam para resolver as questões do TCC próximo a data de entrega e com isto acabam prejudicando a sua pesquisa, por muitas vezes não ter o tempo necessário para concluí-la calmamente.
  2. Falta de interesse dos alunos em participar de projetos de extensão, de iniciação científica, fazendo com que a maioria chegue no último período sem nenhuma experiência relacionada a pesquisa acadêmica e em um único período o tempo será muito curto para compensar isto.
  3. Ler e escrever. A maioria dos alunos de graduação não tem o hábito de ler e escrever, com isto, quando se depara com a necessidade de fazer tal coisa para que possa concluir a sua graduação, mediante a elaboração do TCC, a qualidade do trabalho é afetada negativamente, então, aqui já vai uma dica que estará nas próximas postagens: LEIA!

Estes são os 3 pontos principais citados pelos professores, esperamos que os alunos que estão em fase de elaboração do TCC e os que estarão nos próximos períodos leiam esta postagem e vejam se eles estão cometendo estes mesmos erros, torcemos para que não.


Na próxima postagem tratar sobre os pontos fortes dos trabalhos apresentados.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Amigo secreto entre blogs de contabilidade

Os blogs de Contabilidade já estão em clima natalino, pois este ano está ocorrendo o "1º Amigo Secreto entre blogs de Contabilidade do Brasil". Idéia da Isabel Sales do blog Contabilidade Financeira, o "evento" contará com a participação de 13 blogueiros pertencentes ao total de 8 blogs. Primeiramente gostaria de agradecer o convite para participar do amigo secreto, ao lado de tantos blogueiros importantes em nossa área e parabenizar pela idéia.

Este amigo secreto é muito importante para que possamos nos relacionar mais ainda com outros blogueiros, trocar idéias, opiniões e despertar o interesse em outras pessoas da área a entrar para esta vida de blogueiro (que possam vir participar nos próximos anos do nosso amigo secreto).



Como a idealizadora do amigo secreto solicitou em sua postagem no Contabilidade Financeira seguem algumas sugestões de presentes para tentar facilitar a vida de quem me tirou ou dificultar ainda mais kkkk Gosto de livros de Literatura Estrangeira, estilo Dan Brown, ou livros de história medieval, DVDs de Rock, e, como pretendo aumentar os meus livros da nossa amada área, fica a opção para os mesmos, principalmente na área de Finanças e Auditoria.

O meu parceiro de blog, Thiago, fará uma postagem dando as dicas de presentes para ele, então, o blogueiro que o tirou, fique atento.

Abraços a todos.

sábado, 2 de novembro de 2013

Trabalho de Conclusão de Curso - O “mito” da monografia: algumas dicas de um orientador e avaliador

Bom dia a todos! Primeiramente gostaria de me desculpar pelo atraso na postagem sobre o Trabalho de Conclusão de Curso, surgiram alguns empecilhos, mas iniciaremos hoje as postagens sobre este tema que é de suma importância para todos os alunos, independente do curso.

A série será composta por 4 postagens, começando hoje com o texto preparado pelo professor Me. Felipe Pontes, do blog Contabilidade e Métodos Quantitativos.

As outras postagens consistirão na opinião de alguns professores sobre os TCCs apresentados no último período na Universidade Federal da Paraíba no curso de Ciências Contábeis, abordando sobre os pontos fracos, pontos fortes e dicas. Fica aqui o convite para outros professores que queiram contribuir com as futuras postagens.


Apesar do conteúdo extenso, o texto preparado pelo professor Felipe Pontes é muito enriquecedor e lhe auxiliará bastante a sanar algumas dúvidas sobre pesquisa científica e contem várias dicas sobre a execução da mesma.

Segue texto abaixo:


Marcelo me convidou para escrever essa postagem algumas vezes (e eu acabei esquecendo algumas vezes), aí então resolvi parar o que estava fazendo para falar um pouco sobre esse tema que é amado por muitos que já passaram por ele, mas odiado por muitos que ainda estão por passar: a monografia (ou TCC como alguns preferem).

Quando pensei em abrir o arquivo em branco para começar a escrever, refleti: eu já escrevi tanta coisa, já dei até palestra sobre isso... será muito fácil! Então quando “comecei” a escrever, me deparei com o problema que vocês que estão matriculados na disciplina de monografia/TCC têm quando pensam em iniciar a monografia: faltou um pouco de background” para escrever. Não que eu não tenha o que falar sobre o tema, há muito que falar, porém eu não tenho uma boa memória, então tive que voltar às minhas anotações e postagens no Contabilidade & Métodos Quantitativos para começar a ter ideias sobre o que escrever.

Então já nesses primeiros parágrafos eu dei três dicas (subliminares) para que vocês consigam fazer sua monografia e ter sucesso na defesa (o nome defesa não é muito legal, pressupõe um ataque...). A primeira foi que vocês precisam se planejar, ter um cronograma que deve ser cumprido, para que o seu orientador possa te ajudar a fazer um bom trabalho. Se você não tem um cronograma que possa ser cumprido, seu orientador ficará “perdido” na orientação. É importante que você e seu orientador trabalhem juntos, pois ele já tem alguma experiência com trabalhos desse tipo. Se você é uma pessoa dedicada ao trabalho, não deixa tudo para a última hora, se faz um trabalho sério, seu orientador defenderá você perante a banca. Caso contrário, você estará sozinho na defesa. Isso pode ser ruim. Então não vacile com o cronograma e planejamento do seu orientador. Isso é muito ruim!

As outras duas dicas são em relação à literatura que você utilizará para embasar o seu trabalho. Geralmente você tem uma ideia (que muitas vezes vem da leitura de vários trabalhos, aí você chega na sua própria ideia) para poder começar a escrever. Contudo tenho visto os alunos que defendem suas monografias um tanto quanto perdidos quanto a isso (o problema e o os objetivos devem estar linkados). É preciso que, a partir da ideia geral, você busque a literatura para embasá-la. Com base nessa literatura pesquisada (referencial teórico e revisão da literatura) você poderá melhorar a sua ideia e buscar formas de solucionar seu problema, atingindo o seu objetivo geral. Para isso é importante que você leia muitos e muitos artigos científicos! E faça fichamentos!! Fichamentos são essenciais para que você possa concluir sua monografia em tempo hábil sem muitas dificuldades na hora de escrever.

Uma dica que eu dou para o fichamento (isso é como eu faço, não quer dizer que seja a melhor forma) é (a) fazer a referência do que está sendo lido, (b) colocar um resumo do artigo, preferencialmente feito por você, (c) ler o artigo todo (ou as partes que são interessantes ao seu trabalho) e ir fazendo comentários sobre o que você copiou do artigo. São esses comentários (regra geral) que eu uso nos meus artigos (eu não gosto de usar citação direta).

Utilizando essas dicas, boa parte dos seus problemas estão resolvidos. Não é fácil. Mas quem disse que seria fácil? Contudo, você tem prazo para isso. Basta não deixar para a última hora.
Então finalizo essa parte com algumas dicas de leituras:
  1. Procure no Google Acadêmico por palavras-chave de temas que você gostaria de estudar melhor. Por exemplo: “assimetria informacional” and “contabilidade”;
  2. Leia jornais e revistas da nossa área como o Valor Econômico e a Capital Aberto (tenho quase diariamente ideias de pesquisa a partir deles);
  3. Leia blogs especializados na nossa área como (não posso deixar de me citar né?) C&MQ, Métodos Contábeis, Informação Contábil, Contabilidade Financeira, Ideias Contábeis, entre outros;
  4. Use o Facebook e o Twitter para o bem. Siga pessoas que possam contribuir com conteúdo relevante, como o The Wall Street Journal, Infomoney, The Economist, UOL Economia, Investopedia, Going Concern, Journal of Accountancy etc.

Fora essas dicas de leitura, seguem algumas outras dicas com base na minha experiência sobre o que eu tenho visto nas monografias e nas minhas orientações:
  1. Programe-se e seja disciplinado (mais uma dica);
  2. Cuidado com o uso de juízo de valor. Aqui no blog eu posso usar juízo de valor, na monografia não! (veja aqui);
  3. Use referências de qualidade. Referências de qualidade que eu me refiro são de revistas boas. Artigos de eventos, teses e dissertações ainda não são a publicação final, então evite citá-los (existem alguns casos raros de boas pesquisas que ainda não foram publicadas na versão final da revista, mas são raros). Livros devem ser usados para estudar, não para fazer a sua monografia, então evite-os também;
  4. Metodologia da pesquisa não é dizer o tipo da pesquisa. A definição do tipo da pesquisa deve ser uma parte bem inicial, com um ou dois parágrafos (às vezes pode até ser suprimida da versão final). Na metodologia você deve deixar bem claro ao leitor como é que você fez o trabalho para que ele possa entender e até mesmo replicar seus resultados (essa é uma característica fundamental da ciência);
  5. As considerações finais não são um resumo expandido da sua pesquisa. O blog Contabilidade Financeira até já postou sobre isso, mas não encontrei a postagem. A dica que eu dou é que você termine o trabalho e passe alguns dias refletindo sobre os seus resultados. Após isso, escreva suas considerações finais. Nela você deve trazer algo novo, que não foi citado no texto ainda. Cabe até um pouco de juízo de valor;
  6. Busque ler em inglês. Mas não é ler em inglês porque é EM INGLÊS. É ler em inglês porque o inglês é uma língua fácil de ler e entender, por isso ela é a linguagem da ciência. Então os melhores artigos dos autores são publicados em inglês, para que a maior parte dos usuários possam ler e entender... então busque journals relevantes para procurar artigos também relevantes; e
  7. Não pare na monografia. Fora a banca (quando ela lê!), muito provavelmente, ninguém lerá sua monografia. Escreva um artigo da sua monografia e envie a algum congresso (recomendo a USP ou ANPCont, que têm sessões de iniciação científica), após o congresso envie a alguma revista. Isso é bom para você e para o seu orientador, pois seu trabalho não terá sido em vão.

Apesar de tudo isso que eu disse, sempre vai ter alguém na banca que “implicará” com você. Por exemplo, tem gente que diz que a monografia tem que se basear exclusivamente em livros... Vai saber...

Lá no C&MQ nós temos uma tag sobre monografia e pesquisa. Dêem uma conferida, pois lá tenho outras dicas, já que não dá para falar sobre tudo em uma única postagem.

Boa sorte a todos!

Novo site do Congresso USP

Está no ar o novo site do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade.

No site já podemos conferir as datas importantes para o XIV Congresso USP de Controladoria e Contabilidade e o XI Congresso USP de Iniciação Científica, que ocorrerá entre os dias 21 e 23 de Julho de 2014, como o tema "Novas perspectivas da Pesquisa Contábil". Está confirmada a presença de renomados pesquisadores internacionais da área para palestrar durante o evento.

Segue abaixo as datas importantes do congresso:

Recepção de trabalhos - 15/12/2013 a 25/02/2013
Resultado das análises dos artigos - 10/04/2014
Final das inscrições dos autores - 30/04/2014
Final das inscrições dos congressistas - 09/06/2014

Para acessar a página do congresso, clique aqui.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Resultado Final do Programa Multi-Institucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis - UnB/UFPB/UFRN

Foi divulgado hoje o resultado dos processos seletivo para o período de 2014 do Programa Multi-Institucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis - UnB/UFPB/UFRN, para as turmas de Doutorado e Mestrado.

Para acessar o resultado do Doutorado, clique aqui.
Para acessar o resultado do Mestrado Núcleo Nordeste, clique aqui e o resultado do Núcleo Brasília, clique aqui.

O blog Métodos Contábeis parabeniza os aprovados e deseja muito sucesso nesta nova caminhada.


Fonte: CCA UnB

domingo, 27 de outubro de 2013

Na terra do xerife desarmado, o crime compensa.

Finalmente um periódico de grande circulação aborda de forma clara as limitações da dessa autarquia, que não consegue realizar de forma satisfatória sua função pelo mesmo motivo que tantos outros reguladores no Brasil, falta meritocracia para o desemprenho de algumas funções.

A CVM é um xerife desarmado e anacrônico

Diligências feitas de ônibus, diretores pagando viagens do próprio bolso, impressoras que não funcionam — o mercado de capitais nunca foi tão sofisticado, e a CVM, tão anacrônica
Fizeram isso para encerrar uma investigação de oito meses que apurava se os dois haviam tido acesso a informações privilegiadas quando apostaram na alta das ações da fabricante de condimentos Heinz, em fevereiro — um dia antes do anúncio de venda da companhia para o consórcio formado pelo fundo 3G Capital, do brasileiro Jorge Paulo Lemann, e a Berkshire Hathaway, do investidor Warren Buffett.
Os Terpins, de acordo com a SEC, ganharam 1,8 milhão de dólares com a operação. A multa é quase três vezes maior que esse valor — mas, se fossem condenados, eles teriam de pagar mais do que isso e poderiam ser proibidos de comprar e vender ações nos Estados Unidos. Decidiram, então, fazer o acordo, e as acusações foram retiradas.
Ah, se isso tudo tivesse acontecido no Brasil...
É quase certo que nada teria sido feito até agora. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável por fiscalizar o mercado de capitais no Brasil, leva anos para analisar indícios de irregularidades. Há processos que estão sendo avaliados desde 2000. Para piorar um pouco as coisas, a autarquia pega leve quando fecha acordos com os acusados. Quase sempre aceita o pagamento de multas muito inferiores ao valor supostamente ganho com a operação. Na terra do xerife desarmado, o crime compensa.
Essas diferenças — e, especialmente, a lentidão da CVM ao analisar irregularidades — são apontadas por 22 executivos de mercado, advogados e investidores ouvidos por EXAME como os efeitos mais visíveis dos problemas que existem hoje na autarquia brasileira.
O mercado financeiro do país se transformou nos últimos dez anos — o número de fundos de investimento se multiplicou, novas aplicações foram lançadas, houve mais de uma centena de aberturas de capital, Eike Batista veio e se foi —, mas a CVM funciona mais ou menos do mesmo jeito.
“É um órgão público, que só pode contratar funcionários por meio de concursos e tem de aprovar seu orçamento com o governo, mas tem a obrigação de acompanhar um dos setores mais dinâmicos da economia”, diz o advogado Daniel Tardelli Pessoa, do escritório Levy & Salomão. “Muita coisa não está funcionando.”
Funcionários da CVM ouvidos por EXAME dizem que falta dinheiro para quase tudo. Recentemente, os técnicos da área de fiscalização do escritório de São Paulo passaram a visitar gestoras e empresas suspeitas de irregularidade de ônibus porque a verba para táxi e para gasolina no carro da CVM são insuficientes (eles ganham 17 reais de diária, que inclui gastos com alimentação e transporte). 
O diretor Otávio Yazbek diz que, para conseguir participar de eventos internacionais sobre regulação de mercado, paga parte de suas diárias de hotel. “Isso é relativamente comum. Não tem jeito.”
Para ele, o gasto é necessário para se manter a par das discussões de outros reguladores. Recentemente, a diretora Ana Novaes teve de comprar do próprio bolso um toner de impressora — filas de meia hora para imprimir documentos são coisa da vida na sede da autarquia, já que quase metade das impressoras está sem toner. A falta de gente é crônica.
Um levantamento feito em 2008 pela própria CVM constatou que cada funcionário é responsável por fiscalizar, em média, 71 fundos e empresas abertas (nos Estados Unidos, a taxa é de 13 para cada funcionário; no Reino Unido, de dez). De lá para cá, a CVM fez dois concursos e ampliou seu quadro de profissionais de 468 para 570. O número de fundos aumentou 67% no período. 
Uma consequência desses problemas é que a comissão demora para mudar suas regras e acompanhar a evolução do mercado. Por exemplo: a CVM não regula a comunicação feita pelas empresas nas redes sociais.
Como fez a SEC no começo deste ano — e depois de receber reclamações de investidores, especialmente de gente que perdeu dinheiro com as companhias de Eike Batista, um contumaz usuário do Twitter —, a CVM passou a discutir uma alteração em sua instrução 358, que trata da forma como as empresas devem se comunicar.
Até hoje, os processos para investigar irregularidades tramitam em papel (o que talvez explique o drama das impressoras). Segundo um levantamento do escritório Levy & Salomão, hoje a média de tempo gasto desde o momento em que a CVM identifica uma irregularidade e faz a acusação até o julgamento chega a 723 dias, ou quase dois anos, 12% mais que em 2012. 
Não é surpresa que processos importantes estejam parados. Em dezembro de 2009, um dia antes do anúncio da fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia, as ações da Globex, dona da rede de eletrodomésticos Ponto Frio (do Pão de Açúcar), subiram 35%. Na época, a CVM disse que investigaria o caso, mas não abriu sequer um processo formal.
Além disso, a autarquia ainda não julgou o caso da valorização das ações da fabricante de alicates Mundial — que, em 2011, subiram quase 3 000% e passaram a ser mais negociadas do que as da Petrobras. O caso começou a ser investigado pela CVM em parceria com a Polícia Federal há dois anos — em dezembro de 2012, o Ministério Público Federal entregou à Justiça uma denúncia contra dez suspeitos —, mas a autarquia, até agora, não puniu ninguém. 
Passo de formiga
Mudar essa situação é o desafio do atual presidente da CVM, Leonardo Pereira, que está atacando prioridades. Uma delas é criar um sistema para que os processos sejam digitalizados. Tem dado um trabalhão. Há um funcionário responsável por fazer isso no único escâner que funciona (dois estão quebrados) no 2º andar do escritório da CVM no Rio de Janeiro. 
“Sei que são passos de formiga. As pessoas gostam de coisas rápidas. No momento, estamos diagnosticando os gargalos”, diz Pereira, que está também reformulando o site da CVM, uma demanda antiga do mercado financeiro. Em conjunto com comitês que reúnem cerca de 200 pessoas, ele está concluindo um plano estratégico para os próximos dez anos. As dificuldades são tremendas.
Ex-diretor da Gol, Pereira estabeleceu metas, como zerar o estoque de casos em análise que surgiram antes de 2010 — mas ninguém na CVM ganha bônus se cumprir metas, o que dificulta tudo. Com exceção do presidente e dos diretores, os demais funcionários precisam ser concursados e só podem ser demitidos por justa causa.
Muitos funcionários estão descontentes — por diferentes motivos. Parte critica a falta de recursos da CVM. Outra parcela é contra algumas mudanças. Na primeira semana de julho, Pereira reuniu 200 deles num restaurante para que falassem sobre os problemas de sua área e dessem sugestões. Quem não quisesse se expor podia escrever ideias num post-it e colá-lo numa parede. No fim do encontro, havia mais de 1 000 bilhetinhos ali. Por enquanto, é mais papelada para analisar.
Fonte: Exame.

sábado, 28 de setembro de 2013

Série - Trabalho de Conclusão de Curso

Boa tarde a todos!

Todos nós sabemos o quão complicado é para terminarmos o curso de graduação, anos e anos dentro da universidade buscando adquirir cada vez mais conhecimento para estarmos preparados para os desafios do mercado de trabalho. Porém muitos de nós graduandos temos a vivência apenas na parte prática, ou seja, vamos estagiar ou trabalhar em escritórios ou nas próprias empresas e acabamos não dando muita atenção para a pesquisa acadêmica.


Porém quando chega no último período do curso aparece uma disciplina que faz muita gente ficar sem dormir, o conhecido Trabalho de Conclusão de Curso. E agora o que fazer?


Para você que está prestes a terminar o curso, ou você mesmo que ainda está no começo do curso, informo que ao longo da próxima semana iremos fazer algumas postagens sobre os TCCs apresentados no último período do curso de Ciências Contábeis da UFPB Campus I, expondo a opinião dos professores que participaram das bancas examinadoras e dicas dadas pelos mesmos.

Fiquem atentos, as dicas dadas aqui poderão fazer toda a diferença no seu Trabalho de Conclusão de Curso.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Livro de Contabilidade das Pequenas e Médias Empresas

Foi lançado nos últimos dias o Livro "Contabilidade das Pequenas e Médias Empresas" pela Editora Elsevier. Coordenação e autoria dos professores José Elias Feres de Almeida, Ricardo Lopes Cardoso, Adriano Rodrigues e Eduardo José Zanoteli, o livro conta com a participação de especialistas na área de Contabilidade.

Resumo do livro:
O Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB - International Accounting Standards Board) emitiu a Norma Internacional de Relatório Financeiro (IFRS - International Financial Reporting Standards) para as Pequenas e Médias Empresas (PME) em julho de 2009. Esse pronunciamento contábil busca atender às necessidades informacionais dos usuários das demonstrações contábeis de propósito geral elaboradas pelas entidades sem obrigação de prestação pública de contas. Os requerimentos do IFRS para PME são, em grande parte, simplificados em relação aos IFRS completos (full IFRS), que estabelecem as políticas contábeis a serem adotadas por companhias abertas e empresas de grande porte. Em um mercado cada vez mais internacionalizado, essas normas representam um grande progresso em direção à harmonização, transparência e convergência de práticas contábeis em diferentes países. Deste modo, facilitam-se a expansão comercial, o investimento internacional e o acesso à informação dos pequenos e médios negócios. Atentos às novas exigências geradas pela aplicação dessas regras no território brasileiro, os professores José Elias Feres de Almeida, Ricardo Lopes Cardoso, Adriano Rodrigues e Eduardo José Zanoteli convidaram um seleto grupo de especialistas em Contabilidade para esclarecer e reunir essas diretrizes para as Pequenas e Médias Empresas em um único livro.
Contabilidade das Pequenas e Médias Empresas aborda todos os aspectos da IFRS para PME de maneira extremamente objetiva e didática, além de incluir diversos exercícios, exemplos práticos e estudos de casos totalmente voltados para a realidade brasileira. Além disso, abarca o novo modelo contábil para as empresas de menor porte: o ITG 1.000.

Caso tenha interesse em adquirir o livro, clique aqui.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Aberto das 17:00 às 25:00


Restaurante japonês aberto até às 25:00! Isto mesmo, até às 25:00. Pode parecer estranho para nós que vivemos no Brasil ver uma imagem como esta, mas o que a imagem quer dizer é que o horário de funcionamento do restaurante é até às 01:00 da manhã. Imagina você contrata alguém e dizer que o horário de trabalho desta pessoa será até às 25:00?

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Divulgado os locais de prova do 2º Exame de Suficiência 2013

Estão disponíveis no site do CFC os locais de prova do 2º Exame de Suficiência 2013, que será realizado no próximo domingo, 29 de Setembro.

Para consultar o local realização da prova clique aqui, o documento contém o local de prova de todos os Estados brasileiros.

Boa prova a todos.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

‘It’s all about money 

(É tudo por dinheiro)

Matéria retirada da versão online da revista Exame.com, traz algumas situações em que Eike Batista se colocou ao longo de suas investidas no mercado de capitais.

As lições de Eike Batista para a sua carreira
O que os erros e os acertos do empresário Eike Batista podem ensinar para sua vida profissional

São Paulo - Mais do que ninguém, me pergunto onde errei”, escreveu o empresário mineiro Eike Batista, de 56 anos, em artigo publicado no jornal Valor Econômico, em meados de julho. “Falhei e decepcionei muitas pessoas, em especial por causa da reversão de expectativas da OGX.”
Eike se refere a sua empresa de petróleo cujo valor das ações caiu 90% de um ano para cá. “O fraco desempenho da OGX levou a um déficit de credibilidade com o qual nunca me deparei”, disse o empresário.
Até então, Eike era considerado o exemplo mais bem-acabado do empreendedor de sucesso de um Brasil que crescia vertiginosamente. Suas promessas, no entanto, deixaram a desejar — uma falha comum a alguns profissionais.
O abismo entre o discurso de Eike e o resultado pífio da OGX gerou uma crise de desconfiança que se estendeu para as outras companhias do grupo EBX, que reúne 16 empresas, como a MMX(mineração), a MPX (energia) e a LLX (logística). 
Parece que nem a superstição do executivo em colocar o X no final do nome de todas as empresas livrou-o do fiasco. Veja o que aprender com os pontos fortes e fracos de Eike.
Onde ele foi bem
Bem articulado
Em oito anos, Eike conseguiu captar 26 bilhões de dólares em investimentos para suas empresas, além de 10,4 bilhões de reais financiados pelo BNDES, o banco do governo federal. Ele usava, acima de tudo, sua imagem de empreendedor bem-sucedido para negociar.
“Ele é socialmente agradável, fala de arte e música e está sempre disponível”, diz Luiz Carlos de Queiroz Cabrera, headhunter e colunista de VOCÊ S/A, que já esteve com o executivo. Ser capaz de vender ideias é a única forma de conseguir os recursos necessários para colocar os projetos em pé.
Eike acredita nas próprias ideias e se empenha para colocá-las em prática. Mesmo diante do momento atual, tem trabalhado para reverter a situação. Com alguns movimentos, como renegociações em suas empresas, as ações subiram — ainda que poucos centavos de real. 
“Ele se debruça sobre os projetos”, diz uma fonte próxima a Eike. Profissionais autoconfiantes são mais proativos e mesmo em períodos
difíceis como agora (baixo crescimento econômico e orçamentos mais enxutos) contribuem para melhorar o ambiente de trabalho.
Ousado e diferente
Quando Eike lançou o primeiro vídeo institucional, em 2006, uma frase chamou a atenção: “Irei aonde ninguém vai”. Eike nunca teve medo de correr risco. “Ele é um cara capaz de fazer coisas ousadas e diferentes”, diz um headhunter que atende os setores de petróleo, gás, energia e mineração do Rio de Janeiro.
A capacidade de assumir riscos é essencial para crescer na carreira. “Ousados são aqueles capazes de experimentar”, diz Mireia Las Heras, professora da escola espanhola de negócios Iese.
Onde ele foi mal
Tudo por dinheiro
Fontes próximas ao empresário dizem que é comum ouvi-lo dizer: “Na porta do inferno está escrito ‘It’s all about money’ (É tudo por dinheiro, na tradução do inglês). Não me venha com esse blá-blá-blá de liderança”. 
“Para ele, não importa a experiência do profissional, mas sim quanto dinheiro ele pode levar à empresa”, diz uma delas. Basear a liderança apenas na remuneração pode ser uma armadilha. Segundo Luiz Carlos Cabrera, se não houver uma proposta de valor, o emprego é visto apenas como uma alavanca de oportunidades.
Entre junho e julho, cinco membros do conselho de administração da OGX anunciaram a saída, entre eles Pedro Malan, ministro da Fazenda de 1995 a 2002. Fontes do mercado afirmam que as saídas foram motivadas pelo desprezo de Eike ao que as pessoas a seu redor dizem.
“Ele tem um ego muito forte e não cabe mais ninguém em sua rede de relacionamento”, afirma Luiz Carlos Cabrera. Profissionais
egocêntricos são indesejados no ambiente de trabalho e acabam isolados — alguns até demitidos.
Excesso de otimismo
Dois anos depois de criar a OGX, em 2009, Eike dizia que em uma década produziria mais de 1 milhão de barris por dia e que a eficiência o faria chegar, em apenas dez anos, ao patamar que a Petrobras levou 50 para atingir. Mas o desejo não foi alcançado. “Eike diz ser o cara do mezanino, que pega o prédio com a fundação e com o térreo e entrega com o 1º andar”, diz um coach do Rio de Janeiro.
“O problema é que as pessoas acharam que ele entregaria o prédio finalizado.” Na hora de vender, é preciso saber se será capaz de entregar. Caso contrário, a credibilidade vai para o fundo do poço.
Fonte: Exame.com

domingo, 15 de setembro de 2013

Doutor é quem fez Doutorado

Esta matéria é antiga no site Pós-graduando, porém está entre as postagens populares do site.

Aquela velha discussão sobre quem é doutor e quem não é, posto este texto pois alguns meses atrás estava explicando ao meu avô e a minha tia sobre quem realmente é doutor, o que é doutorado, entre outras coisas do meio acadêmico e profissional. Meu avô fez questão de anotar tudo para que caso alguém quisesse se "passar" por doutor ele iria perguntar se o mesmo teria realizado o Doutorado.

Segue matéria abaixo:

No momento em que nós do Ministério Público da União nos preparamos para atuar contra diversas instituições de ensino superior por conta do número mínimo de mestres e doutores, eis que surge (das cinzas) a velha arenga de que o formado em Direito é Doutor.
A história, que, como boa mentira, muda a todo instante seus elementos, volta à moda. Agora não como resultado de ato de Dona Maria, a Pia, mas como consequência do decreto de D. Pedro I.
Fui advogado durante muitos anos antes de ingressar no Ministério Público. Há quase vinte anos sou Professor de Direito. E desde sempre vejo “docentes” e “profissionais” venderem essa balela para os pobres coitados dos alunos.
Quando coordenador de Curso tive o desprazer de chamar a atenção de (in) docentes que mentiam aos alunos dessa maneira. Eu lhes disse, inclusive, que, em vez de espalharem mentiras ouvidas de outros, melhor seria ensinarem seus alunos a escreverem, mas que essa minha esperança não se concretizaria porque nem mesmo eles sabiam escrever.
Pois bem!
Naquela época, a história que se contava era a seguinte: Dona Maria, a Pia, havia “baixado um alvará” pelo qual os advogados portugueses teriam de ser tratados como doutores nas Cortes Brasileiras. Então, por uma “lógica” das mais obtusas, todos os bacharéis do Brasil, magicamente, passaram a ser Doutores. Não é necessária muita inteligência para perceber os erros desse raciocínio. Mas como muita gente pode pensar como um ex-aluno meu, melhor desenvolver o pensamento (dizia meu jovem aluno: “o senhor é Advogado; pra quê fazer Doutorado de novo, professor?”).
1) Desde já saibamos que Dona Maria, de Pia nada tinha. Era Louca mesmo! E assim era chamada pelo Povo: Dona Maria, a Louca!
2) Em seguida, tenhamos claro que o tão falado alvará jamais existiu. Em 2000, o Senado Federal presenteou-me com mídias digitais contendo a coleção completa dos atos normativos desde a Colônia (mais de quinhentos anos de história normativa). Não se encontra nada sobre advogados, bacharéis, dona Maria, etc. Para quem quiser, a consulta hoje pode ser feita pela Internet.
3) Mas digamos que o tal alvará existisse e que dona Maria não fosse tão louca assim e que o povo fosse simplesmente maledicente. Prestem atenção no que era divulgado: os advogados portugueses deveriam ser tratados como doutores perante as Cortes Brasileiras. Advogados e não quaisquer bacharéis. Portugueses e não quaisquer nacionais. Nas Cortes Brasileiras e só! Se você, portanto, fosse um advogado português em Portugal não seria tratado assim. Se fosse um bacharel (advogado não inscrito no setor competente), ou fosse um juiz ou membro do Ministério Público você não poderia ser tratado assim. E não seria mesmo. Pois os membros da Magistratura e do Ministério Público tinham e têm o tratamento de Excelência (o que muita gente não consegue aprender de jeito nenhum). Os delegados e advogados públicos e privados têm o tratamento de Senhoria. E bacharel, por seu turno, é bacharel; e ponto final!
4) Continuemos. Leiam a Constituição de 1824 e verão que não há “alvará” como ato normativo. E ainda que houvesse, não teria sentido que alguém, com suas capacidades mentais reduzidas (a Pia Senhora), pudesse editar ato jurídico válido. Para piorar: ainda que existisse, com os limites postos ou não, com o advento da República cairiam todos os modos de tratamento em desacordo com o princípio republicano da vedação do privilégio de casta. Na República vale o mérito. E assim ocorreu com muitos tratamentos de natureza nobiliárquica sem qualquer valor a não ser o valor pessoal (como o brasão de nobreza de minha família italiana que guardo por mero capricho porque nada vale além de um cafezinho e isto se somarmos mais dois reais).
A coisa foi tão longe à época que fiz questão de provocar meus adversários insistentemente até que a Ordem dos Advogados do Brasil se pronunciou diversas vezes sobre o tema e encerrou o assunto.
Agora retorna a historieta com ares de renovação, mas com as velhas mentiras de sempre.
Agora o ato é um “decreto”. E o “culpado” é Dom Pedro I (IV em Portugal).
Mas o enredo é idêntico. E as palavras se aplicam a ele com perfeição.
Vamos enterrar tudo isso com um só golpe?!
A Lei de 11 de agosto de 1827, responsável pela criação dos cursos jurídicos no Brasil, em seu nono artigo diz com todas as letras: “Os que frequentarem os cinco anos de qualquer dos Cursos, com aprovação, conseguirão o grau de Bachareis formados. Haverá tambem o grau de Doutor, que será conferido àqueles que se habilitarem com os requisitos que se especificarem nos Estatutos que devem formar-se, e só os que o obtiverem poderão ser escolhidos para Lentes”.
Traduzindo o óbvio. A) Conclusão do curso de cinco anos: Bacharel. B) Cumprimento dos requisitos especificados nos Estatutos: Doutor. C) Obtenção do título de Doutor: candidatura a Lente (hoje Livre-Docente, pré-requisito para ser Professor Titular). Entendamos de vez: os Estatutos são das respectivas Faculdades de Direito existentes naqueles tempos (São Paulo, Olinda e Recife). A Ordem dos Advogados do Brasil só veio a existir com seus Estatutos (que não são acadêmicos) nos anos trinta.
Senhores.
Doutor é apenas quem faz Doutorado. E isso vale também para médicos, dentistas, etc, etc.
A tradição faz com que nos chamemos de Doutores. Mas isso não torna Doutor nenhum médico, dentista, veterinário e, mui especialmente, advogados.
Falo com sossego.
Afinal, após o meu mestrado, fui aprovado mais de quatro vezes em concursos no Brasil e na Europa e defendi minha tese de Doutorado em Direito Internacional e Integração Econômica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Aliás, disse eu: tese de Doutorado! Esse nome não se aplica aos trabalhos de graduação, de especialização e de mestrado. E nenhuma peça judicial pode ser chamada de tese, com decência e honestidade.
Escrevi mais de trezentos artigos, pareceres (não simples cotas), ensaios e livros. Uma verificação no sítio eletrônico do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) pode compravar o que digo. Tudo devidamente publicado no Brasil, na Dinamarca, na Alemanha, na Itália, na França, Suécia, México. Não chamo nenhum destes trabalhos de tese, a não ser minha sofrida tese de Doutorado.
Após anos como Advogado, eleito para o Instituto dos Advogados Brasileiros (poucos são), tendo ocupado comissões como a de Reforma do Poder Judiciário e de Direito Comunitário e após presidir a Associação Americana de Juristas, resolvi ingressar no Ministério Público da União para atuar especialmente junto à proteção dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores públicos e privados e na defesa dos interesses de toda a Sociedade. E assim o fiz: passei em quarto lugar nacional, terceiro lugar para a região Sul/Sudeste e em primeiro lugar no Estado de São Paulo. Após rápida passagem por Campinas, insisti com o Procurador-Geral em Brasília e fiz questão de vir para Mogi das Cruzes.
Em nossa Procuradoria, Doutor é só quem tem título acadêmico. Lá está estampado na parede para todos verem.
E não teve ninguém que reclamasse; porque, aliás, como disse linhas acima, foi a própria Ordem dos Advogados do Brasil quem assim determinou, conforme as decisões seguintes do Tribunal de Ética e Disciplina: Processos: E-3.652/2008; E-3.221/2005; E-2.573/02; E-2067/99; E-1.815/98.
Em resumo, dizem as decisões acima: não pode e não deve exigir o tratamento de Doutor ou apresentar-se como tal aquele que não possua titulação acadêmica para tanto.
Como eu costumo matar a cobra e matar bem matada, segue endereço oficial na Internet para consulta sobre a Lei Imperial.
Os profissionais, sejam quais forem, têm de ser respeitados pelo que fazem de bom e não arrogar para si tratamento ao qual não façam jus. Isso vale para todos. Mas para os profissionais do Direito é mais séria a recomendação.
Afinal, cumprir a lei e concretizar o Direito é nossa função. Respeitemos a lei e o Direito, portanto; estudemos e, aí assim, exijamos o tratamento que conquistarmos. Mas só então.
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Texto escrito por Marco Antônio Ribeiro Tura, jurista. Membro vitalício do Ministério Público da União. Doutor em Direito Internacional e Integração Econômica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mestre em Direito Público e Ciência Política pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor Visitante da Universidade de São Paulo. Ex-presidente da Associação Americana de Juristas, ex-titular do Instituto dos Advogados Brasileiros e ex-titular da Comissão de Reforma do Poder Judiciário da Ordem dos Advogados do Brasil.